Estilo de vida religiosamente carnal

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


É incrível a nossa disposição na busca por prazer. É intrigante a maneira como tal busca se torna um ciclo vicioso, entre o doce e o amargo. Mais difícil ainda, é entender como um jovem cristão-evangélico pode estar tão apaixonado por uma cultura tão idólatra.

O chamado jovem cristão-evangélico encontra alegria em coisas tão carnais quanto qualquer outra pessoa sem religião pode encontrar. O chamado jovem cristão-evangélico se entristece pelos mesmos motivos que um incrédulo se entristece. O chamado jovem cristão-evangélico tem os mesmos sonhos que qualquer outro jovem egocêntrico tem. Tais semelhanças nos levam a um estilo de vida religiosamente carnal.

Parece normal? Se você considera-se um jovem cristão-evangélico, seria interessante levar em conta os personagens que fizeram história na bíblia, por terem a Deus como única fonte de esperança e vida. Eles foram bem aceitos? Eles faziam o que os outros estavam fazendo? Eles estavam festejando o perdão de Deus, mesmo quando caíam em pecado?

Leve em conta o exemplo de Abraão, quando este se preparou para sacrificar o próprio filho. Recorde as injúrias que sofreu José, homem justo, que passou quase metade da vida na prisão. Lembre-se da perseguição que Davi sofreu, vivendo anos como um fora da lei, sem ter cometido mal algum. São muitos exemplos, mas apelo a você, jovem cristão-evangélico, que observe o estilo de vida que teve nosso próprio Deus, subsistindo em forma de homem. Olhe para Jesus Cristo e medite no seguinte versículo:

aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” 1 João 2.6

A diferença entre incrédulos e cristão-evangélicos do nosso tempo se tornou meramente moral. Como é assustador ver o desprezo que os religiosos têm pela cruz. Como é nojento ver pessoas que se autodenominam cristãs, culpando umas às outras. Como é desesperadora a situação das instituições protestantes, clamando por mais membros, por mais movimento, por mais eventos e ministérios, enquanto seus líderes estão domesticando os problemas dos fiéis. Enquanto seus líderes estão enfraquecendo os evangélicos cada vez mais, com profecias carnais. Profecias que alimentam ainda mais o egoísmo dessa maioria carnal que vai aos cultos e não confessa pecados; que vê Deus como seu servo, como um Ser Poderoso que é capaz de fazer qualquer coisa para agradá-los.

Quantos chamados cristão-evangélicos estão feridos com o deboche dos pastores de vida fácil, que se dizem profetas e não utilizam a mínima base bíblica para dizer que nossos problemas vão passar, que tudo será azul, tranquilo, sereno. Muitos têm a audácia de dizer que em determinado tempo, algo maravilhoso acontecerá. Será que a soberania de Deus é uma utopia? Será que não podemos enxergar a mão de Deus em nossas vidas, quando tudo vai mal? LEIAM A BÍLIA, PELO AMOR DE DEUS!

Acaso, não procede do Altíssimo tanto o mal como o bem? Lamentações 3:38

Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;
tudo posso naquele que me fortalece. Filipenses 4:11-13

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Romanos 8:28

Rebeldia que não sai do lugar (II)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A maior evidência do sucesso de uma cultura que endeusa o entretenimento está no fato de que parte das igrejas evangélicas está afetada por essa vã filosofia carpe diem.
Talvez seja apenas o indício de um evangelho diluído que está sendo pregado, ou do legalismo desde sempre cultivado. Quem sabe seja a prova de que ninguém é levado a se apaixonar pela cruz.
Mas tudo bem, digamos que isso tudo seja uma suposição improvável. O fato incontestável é a falta de diferença entre a maioria dos jovens denominados evangélicos e os outros que não tocam na igreja de sábado nem levantam as mãos no culto de domingo.

Se você não é evangélico, deve ter concordado até aqui. Se você se diz crente mas não enxerga essa alienação em ninguém ao seu redor, olhe de novo. E se você, cristão, vê essa realidade mas não se preocupa, creio que seria um bom começo preocupar-se consigo mesmo.

Antes que você questione como alguém que se diz cristão pode ter desejo de se rebelar, lembre-se dos católicos cujo questionamento produziu insatisfação, e cuja insatisfação produziu rebeldia. Se não fosse a rebeldia deles, nós não poderíamos dizer, hoje, que somos cristãos PROTESTANTES.

"Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão." Gl 5.1

"Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem." Cl 2:20-22

"Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. E vos renoveis no espírito do vosso entendimento." Ef 4:14,23

"E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Rm 12:2

"Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem." Hb 8:1-2

"Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre." Hb 7:28

Rebeldia que não sai do lugar (I)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Houve um tempo em que o diferente era desejável. Sociedades alternativas apresentaram ao mundo rebeliões diversas: os punks em busca de liberdade política, a cultura naturalista dos hippies, e movimentos em favor das minorias étnicas são exemplos. Tantas rebeliões trouxeram - e continuam a nos proporcionar - incontáveis benefícios.

Hoje, a juventude continua revoldada com muita coisa, mas algo mudou: estamos alcançando satisfação de uma forma cada vez mais fácil e rápida através do acesso às mais eficientes formas de entretenimento, por exemplo. Eis uma palavra-chave nesse assunto de rebeldia.

O entretenimento impede que a revolta do jovem se transforme em rebelião. Diversão virou sinônimo de felicidade, e isso acaba com a disposição do jovem em ser diferente (a não ser nas diferentes formas de se divertir).

A falta de opinião - relevante
E questionamento por parte do jovem
Traz alienação e facilita a manipulação
Mas o engano é ainda maior, quando esse jovem se diz cristão.


continua...