Em nossa cultura moderna, pouco se fala a respeito da humilhação que Jesus sofreu. Assim como os judeus, muitos que se dizem cristãos, hoje em dia, se deixam levar por valores da cultura moderna que sobrepujam valores bíblicos. As evidências são incontáveis, porém vou dar um único exemplo. Pense nos filmes de maior sucesso, atualmente: super-heróis poderosos, imbatíveis, e bem-sucedidos em tudo o que fazem. O exemplo perfeito para retratar o pensamento moderno é o vingador mais amado e admirado do momento, o Homem de Ferro (gênio, bilionário, playboy, filantropo). Ele é a personificação do sucesso de acordo com nossa cultura.
Mas e Jesus? Nos apresenta este mesmo modelo? Se você ainda não leu os evangelhos, ou alguma profecia messiânica nos Salmos ou em Isaías, vou deixar claro: nosso Messias é contra-cultural.
Os judeus queriam algo muito mais parecido com o Homem de Ferro do que com Jesus. E você?
Jesus era feio, desprezado, e viveu uma vida de dores e sofrimentos (Is 53:2-3). Enquanto Cristo sangrava na cruz, o povo zombava dEle (Mt 27:39-43). Eles desprezaram e zombaram de Jesus com muita convicção, porque estavam com os olhos voltados para realidades carnais e temporárias. Isso os impediu de enxergar o valor gracioso da obra de Cristo (Rm 5:11; 2Co 5:18). Ele veio para ser triunfante sim, mas triunfante sobre a morte e sobre o pecado. Coisa que nenhum super-herói pode fazer, por mais admirável que seja. Para nos reconciliar com Deus, Cristo se fez como um de nós: um maldito pecador (Gl 3:13). E este é o único motivo para que, hoje, todo aquele que crê possa ser chamado santo (1Pe 2:9; Hb 10:10,14). De fato, os privilégios e as bençãos que Cristo conquistou por suas ovelhas são incontáveis (Ef 1:3).
Cristo se fez o ultimo, para ser o primeiro, e nos dá a chance de fazer o mesmo ao vivermos num mundo caído cujos valores são totalmente distorcidos, pois só assim seremos luz do mundo e sal da terra. Não devemos nos contaminar com os parâmetros da cultura moderna porque, se Cristo não nos basta, muito menos bastará sermos gênios, bilionários, playboys e filantropos como o pobre pecador não-regenerado do Homem de Ferro.