Mas a pergunta não entra nos méritos de nossas virtudes. Ela diz respeito à pessoa de Deus, somente. A despeito de nossos feitos, de nosso testemunho, e de nossas conquistas, ainda é preciso ter claro em nossas mentes o quanto estamos nos alegrando pura e simplesmente no caráter do Pai, na obra do Filho, e no poder do Espírito Santo.
Existe uma relação interessante entre o quanto nos alegramos em Deus e o efeito disso em nosso testemunho cristão. E para entendermos melhor, vou recorrer a algumas fontes que, no mínimo, merecem alguma atenção:
“Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nEle.”
John Piper
Quando li esta frase do John Piper pela primeira vez, ficou mais fácil entender o relacionamento vivo para o qual Deus nos chama. E outras questões moldam este relacionamento: estou esperando algo acontecer para ser feliz ou a obra completa de Cristo me faz feliz aqui e agora? Eu conto vantagem com meu testemunho e minha fé ou glorifico a Deus por Sua graciosa salvação em meu favor? Meu coração está encontrando mais satisfação no sucesso e realização pessoais, ou na maravilhosa Graça de Jesus? Quando foi a ultima vez que parei tudo o que estava fazendo para simplesmente agradecer ao Pai por pertencer a Ele e por estar unido a Ele através de Cristo?
"Deus prefere adoradores a trabalhadores; de fato, os únicos trabalhadores aceitáveis são aqueles que aprenderam a arte da Adoração."
A. W. Tozer
De acordo com Jr 9:23, o que realmente importa é conhecer a Deus, a despeito de nossa sabedoria, força, ou riquezas (conforme descreve o verso 22).
Uma vez eu estava assistindo a uma pregação na internet. O tema era a santidade de Deus, revelada em Isaías capítulo 6, com a visão de Isaías do trono de Deus. O pregador leu a descrição dos anjos no verso 2, dizendo que cada serafim tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. A observação do pregador foi muito interessante: das seis asas, quatro eram para a adoração (cobrindo o rosto e os pés), e duas eram para o serviço (voando). Isso enfatiza a "necessidade" que um Deus Santíssimo tem de, em primeiro lugar, ser admirado, louvado, temido, adorado e, em segundo lugar, de ser servido.
É claro que Piper, Tozer e o referido pregador, estão sujeitos a falhas, assim como nós. Mas para enfatizar de uma vez por todas a necessidade que temos de nos alegrar em Deus e de nos manter confiantes e satisfeitos tão somente nEle, vou recorrer a mais uma citação, mas esta é digna de toda aceitação e impassível de falha:
"Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim."
Jesus Cristo (Jo 15.4)
Estar em Cristo é a única maneira que temos de amar e servir verdadeiramente, pois nossas maneiras próprias de amar e servir estão todas contaminadas pelo pecado. Sendo assim, tudo feito somente por nossas próprias forças, é vão. Só teremos frutos que permanecem, se permanecermos em Cristo.
É triste ver pessoas lutando para amar a Deus, como que por uma obrigação, ao invés de simplesmente buscarem responder ao Amor Perfeito, se achegando a Cristo. O problema e a solução se resumem numa frase retirada de uma pregação: "o problema principal não é que eu não ame a Deus o suficiente, mas sim que eu não entendo o quanto Ele me ama".
Devemos repensar nossa agenda cristã se estivermos enfatizando mais as obras do que a adoração a Deus. Que possamos, como João, reconhecer que só amamos porque Ele nos amou primeiro (1Jo 4:19).
1 comentários:
seu lindo
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